Ameaça do “velho normal” vai marcar 2022
Vai haver uma “Grande Renúncia” no Brasil? Provavelmente não, pelo menos por enquanto.
“Não faz sentido para uma academia corporativa oferecer competências do futuro listadas pelo Fórum Econômico Mundial. As pessoas têm dificuldade para tangibilizar esse tipo de conhecimento.”
03.11.2021|COLUNA
Questionadas sobre quais os principais desafios de qualificação profissional em suas empresas, lideranças de RH têm deixado questões de tecnologia e metodologias de gestão em segundo plano e se concentrado em soft skills. Em todas as organizações com as quais tenho tido contato. Sabem, claro, que habilidades técnicas são críticas, mas vão se ocupar de hard skills no futuro.
O foco está muito mais no âmbito comportamental do que na esfera das competências técnicas, como linguagem de programação – 70% de soft skills, no caso da Via (Via Varejo até abril deste ano, quando passou por um rebranding). Não é desapreço pelas inovações. Muito ao contrário. É uma compreensão mais profunda do que elas significam e do que demandam. Quem está aprendendo metodologia ágil precisa aprender a trabalhar bem em grupos multidisciplinares. A se comunicar com diferentes públicos. O desafio é (quase sempre) se relacionar com as pessoas.
Diante de transformações como a introdução da metodologia ágil, há uma divisão entre um pedaço da empresa que se anima com a mudança e agarra a oportunidade e um grupo que assume a atitude representada pelo questionamento: “Nós sempre fizemos desse jeito e sempre funcionou, por que inventar moda agora?”. Enfrentar a resistência à mudança é uma soft skill.
“Pessoas em posição de liderança que gostam de aprender, e mostram no dia a dia como aprendem, formam times aprendizes.”
Um segundo dilema relevante para todo grupo lidando com aprendizagem corporativa atualmente é equilibrar as competências e as habilidades que precisam ser desenvolvidas porque são importantes para o negócio (aquilo que é obrigatório para a organização) com a necessidade de fomentar o protagonismo das pessoas, enquanto aprendizes. Protagonismo desenvolvido em torno de autoconhecimento, autodesenvolvimento e autodidatismo. Protagonismo que permite escolher trilhas de aprendizagem que fazem sentido para cada um.
Esse é um comportamento que se adquire pelo exemplo. Pessoas em posição de liderança que gostam de aprender, e mostram no dia a dia como aprendem, formam times aprendizes. Para lidar com esse imperativo, é essencial desenvolver uma cultura na qual aprender conta pontos.
Terceiro dilema: o que é preciso aprender agora e o que é preciso antecipar para o futuro?
Há um conjunto de competências “do presente” que não parece ter mudado tanto ao longo do tempo. Algumas são importantes sobretudo para o varejo. A primeira delas é a chamada “cultura de serviço”. Estar apto a lidar com o consumidor, a proporcionar a melhor experiência independentemente de com quem se estiver lidando. Outras competências são transversais. Se você não tem uma cultura ágil, inovadora, vai precisar encontrar os meios para desenvolvê-la.
Varejo é um laboratório importante – “desbravando o mundo dos ecossistemas de negócios”, como diz Ricardo Almeida, gerente de desenvolvimento organizacional na Via. Faz muito sentido dedicar algum tempo a antecipar tendências para o setor. Por exemplo, a transformação do presencial em phygital. Para lidar com esse desafio, de trazer para o presente inovações antes previstas para as próximas décadas, a Universidade Via concentra seu olhar para o futuro na parcela da liderança que “vai fazer a transformação de fato acontecer”. Aquela que transfere para as equipes o tipo de inspiração que é capaz de potencializar os resultados de um negócio.
Esse ajuste do futurismo à realidade ajuda a explicar por que, em uma organização como a Arcos Dorados, dona da marca McDonald’s na América Latina e no Caribe, com 90 mil funcionários, cerca de 80% da oferta de capacitação é centrada em temas atuais e 20% voltada para o futuro.
“Outro é identificar dentro de casa quais são as pessoas que têm o perfil adequado e estimulá-las a seguir as trilhas que venham a ser criadas para desenvolver as competências necessárias.”
No passado, tanto a gestão do conhecimento como o acesso a ele pelo funcionário eram mais simples: uma experiência linear. Quando a visão começa a ser focada em alinhar a oferta de conhecimento com os objetivos da organização, com personas representando grupos de indivíduos dentro de uma população de milhares de pessoas, o desafio se torna mais complexo.
Design thinking é uma abordagem possível para organizar a oferta de conteúdo e conhecimento. Não no sentido de desenhar o que as pessoas precisam aprender, mas no de aprender a identificar as dores da maior quantidade de stakeholders. Dessa compreensão mais profunda, tendem a sair melhores projetos de capacitação, já que escutar a força de trabalho permite entender muita coisa sobre as preferências de gente de carne e osso, inclusive o modo de aprender de cada um. O mesmo conteúdo pode ser absorvido por meio de um livro ou do edutainment – educar pelo entretenimento, abordagem efetiva sobretudo na base da pirâmide.
Quando se trata de traduzir desafios para o futuro em competências a adquirir, um caminho é ir ao mercado recrutar pessoas com as habilidades necessárias e formar um esquadrão de geeks na empresa. Outro é identificar dentro de casa quais são as pessoas que têm o perfil adequado e estimulá-las a seguir as trilhas que venham a ser criadas para desenvolver as competências necessárias. O que de melhor tenho visto é a combinação desses dois caminhos. Buscar quem já tem essa experiência e pode compartilhá-la com um grupo que tem a cultura da empresa.
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